Falar de inovação na saúde é complexo, porém, indispensável. A inovação pode surgir de diversas formas: quando pensamos em equipamentos hospitalares, por exemplo, é possível inovar em novas versões do aparelho, que entregam resultados melhores (imagens mais nítidas, exames mais rápidos, etc.); ou a inovação pode surgir na forma de gestão, manutenção ou comercialização dessas máquinas, trazendo produtividade e economia às clínicas e hospitais.
Esta mesma lógica pode ser aplicada de forma mais macro, ou seja, podemos chamar de inovação na saúde as vacinas, novos exames, softwares que auxiliam em processos administrativos e financeiros, sistemas dedicados ao departamento de recursos humanos de instituições do setor. As possibilidades de inovar em saúde são quase infinitas.
Quando empresas de base tecnológica decidem criar inovação na saúde, elas são chamadas de healthtechs. Em 2020, foi lançado o Distrito Healthtech Report, que analisou o cenário dessas empresas no Brasil.
Continue lendo e entenda como está sendo feita a inovação na saúde no Brasil a partir dos dados desse estudo.
A inovação na saúde mapeada pelo Distrito Healthtech Report 2020:
O estudo mapeou 542 startups que desenvolvem soluções para o setor de saúde no país. Dentre os critérios para estarem no levantamento, foram considerados:
- Ter a inovação no centro do negócio, que pode ser a partir da tecnologia, no modelo de negócios ou na proposta de valor;
- Estar em atividade quando o estudo foi realizado;
- Desempenhar atividade diretamente relacionada ao setor de saúde;
- Ter nacionalidade brasileira e estar operando no Brasil.
A pesquisa observou que existem diversas categorias de inovação na saúde. São elas:
- Acesso à informação;
- Gestão e PEP;
- Marketplace;
- Inteligência Artificial e Big Data;
- Medical Devices;
- Telemedicina;
- Farmacêutica e Diagnóstico;
- Relacionamento com pacientes;
- Wearables e Inteligência Artificial.
Onde encontrar desenvolvedoras de soluções para a saúde?
Assim como em outros segmentos prioritários, a inovação na saúde é uma necessidade latente. Ela torna-se ainda mais importante nesse setor porque uma melhoria em diagnósticos, processos ou mesmo em acesso à tecnologia pode significar um melhor atendimento e, consequentemente, salvar vidas.
O Distrito Healthtech Report mapeou alguns dos ecossistemas do Brasil que concentram startups da área. Estes hubs costumam estar abertos para promoverem reuniões entre quem quer inovar e as empresas que podem auxiliar nesta missão. Alguns deles são:
Abimed — associação que coopera com os órgãos públicos de saúde, fomentando a implantação de políticas e regulamentações para proporcionar acesso rápido a novas tecnologias pela população.
Associação Brasileira de Startups de Saúde — une forças para criar o melhor cenário para empreendedores modificarem a saúde por meio da tecnologia.
BioTech Town – Minas Gerais — voltado exclusivamente ao desenvolvimento de empresas, produtos e negócios nas áreas de Biotecnologia e Ciências da Vida.
Health Innova.Hub — objetivo de fomentar e desenvolver comunidade única de empreendedores e inovadores em saúde, com foco no impacto de longo prazo.
Cubo Health/Dasa — conecta empreendedores, grandes empresas, investidores e universidades para discutir tecnologia, inovação e novos modelos de negócios.
A Rentsy faz parte da Vertical Saúde da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). Apesar de ser uma entidade de Santa Catarina, a Vertical dialoga com frequência com atores do setor de saúde de todo o Brasil, promovendo conexões e eventos para auxiliar quem quer investir em inovação na saúde.
Tendências da inovação na saúde
O relatório da Distrito encontrou as seguintes tendências de inovação na saúde:
Pacientes sendo consumidores
As pessoas querem ter mais informação e controle sobre a própria saúde. Por isso, está aumentando o uso de dispositivos vestíveis, aplicativos de saúde e bem-estar, além de produtos e serviços de saúde em domicílio.
Armazenamento em nuvem
A computação em nuvem possibilitou uma grande mudança na geração, consumo, armazenamento e compartilhamento de dados na saúde. Plataformas com essa tecnologia aumentaram a colaboração entre os médicos e pacientes. Uma das principais vantagens da nuvem é a interoperabilidade, que permite a integração de dados em todos os sistemas de saúde.
Ciência de Dados e Análise Preditiva
Com as melhorias na ciência de dados e na análise preditiva, os profissionais de saúde conseguem ter insights mais profundos. Por exemplo: um médico pode alimentar informações de históricos de família em sistemas que utilizam inteligência artificial para ter um perfil estatisticamente fundamentado e diagnosticar doenças mais rapidamente.
Robótica
A robótica permitiu o desenvolvimento de assistentes médicos, roupas de reabilitação e até de unidades cirúrgicas. Os robôs podem realizar tarefas repetitivas, deixando a equipe humana disponível para o que necessita de tomadas de decisões, criatividade, cuidado e empatia.
Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR)
Essas tecnologias podem ser usadas para tratar doenças físicas e psicológicas. Existem, por exemplo, ferramentas de reabilitação para ajudar pacientes a se recuperarem de derrames e deficiências corporais a partir de óculos de realidade virtual.
Drones
Os drones podem entregar rapidamente vacinas, medicamentos e suprimentos, sendo útil especialmente em áreas onde danos críticos a infraestrutura impedem outras formas de transporte.
Como eu posso começar a inovar em saúde?
É claro que muitas dessas tendências estão baseadas em tecnologias de ponta, e muitas vezes não se aplicam ao dia a dia de uma clínica ou hospital. Porém, existem algumas formas mais simples de começar a investir em inovação na saúde.
Dentre as categorias mapeadas pelo estudo, uma das mais comuns de se encontrar em serviços que prestam atendimento médico ao público é a de Gestão e PEP, e não por acaso é a que representa a maior parte das startups brasileiras (25%). Elas são representadas pelos sistemas de gestão hospitalar, gestão clínica e prontuário eletrônico, que aumentam a eficiência dos atendimentos em saúde, agendamentos e fluxo de caixa.
Outra inovação relativamente simples de se aproximar é a dos marketplaces. Eles têm expertise na área e facilitam, por exemplo, que se encontre serviços e produtos necessários ao dia a dia de uma clínica ou hospital. Um exemplo é a Rentsy, marketplace de aluguel de equipamentos hospitalares, que trabalha com todas as marcas e categorias de dispositivos médicos disponíveis no mercado, e atende a todo o Brasil. É possível encontrar alguns equipamentos já disponíveis na plataforma ou cadastrar a sua demanda para receber um orçamento.
Se você quiser saber mais sobre inovação na saúde, acompanhe o nosso blog. Traremos com frequência informações sobre gestão, manutenção e economia especialmente relacionadas a equipamentos hospitalares.